Pesquisar este blog

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

I(denti)dade

Quero te encontrar mais velha 
e cada vez mais doce
Que venham os anos 
Ser natural vem com o tempo
Que venham as loucuras
os incríveis sonhos sem lugar nem beira
os grandes projetos sem planta baixa
Que os anjos ajam como uma alavanca
uma aventura que tudo arrasta
Ou, simplesmente que um dia depois do outro 
cantem a mesma cantiga de ninar:
“Era uma vez um menino...”
O atrito do mundo
a ventania que afaga
o sol que abrasa
todas as torcidas do contra e a favor 
ensinam que tudo passa
transforma-se na antítese
Que venhas me encontrar já velha
e novíssima no olhar
Quanto tempo te esperei idade
estavas perdida nas brincadeiras do mundo
que bom que chegastes 
Da catacumba da consciência agita-se um Nelson Rodrigues:
“Envelheçam! Envelheçam!”
Enfim, podes ver quem sou


Um comentário:

O Mar

O mar amanheceu coberto de linhas ondulantes paralelas a praia Uns chamam de ondas... São os versos do mar