Queria tudo diferente
sem saber por onde começar
Sem erros e ambiguidades antigas
queria desvendar o novo mundo
que aos meus olhos
soava com consciência
Sem pisar nos cacos cortantes
de filosofias metafísicas distantes
Longe dos métodos teológicos
criei um novo pensamento no corpo
de olhos bem abertos
e coração na mão
para desaprender de mim mesmo
autopoeisis do desconhecido
Tomei impulso
na ladeira sem quebra-molas
passando por cima
de um cartesianismo de outdoor
Transito pela imanência de pontes
diferentes para visitar o real
Desprezo fantasias e trajetórias lineares
Caminho pelas geodésicas de Epicuro
unindo passado e futuro no presente
Prazerosa prudência de entender
o que nem Euclides
em sua colossal inteligência
conseguiu explicar
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