O passado insiste em estar presente
O futuro insiste em estar presente
O presente insistemente diz:
"Fiado só amanhã"
O próximo momento não chega nunca
esse aconteceu ainda agora
não vai embora
Esse trem chamado presente
não tem passageiros
só vultos e sombras
fantasmas de um tempo assombrado
O poeta é o passageiro dessa agonia
Se vive insistentemente
essa eternidade sem fronteiras
precisa inventar um tempo com
estrelas, astros, elipticas órbitas
para dizer que aqui começou
ali aquilo finalmente findou
e tudo fazia sentido:
"Fiado só amanhã"
Nenhum comentário:
Postar um comentário